VLAD THE IMPALER (2020) É O FILME DE VAMPIROS QUE ESTÁVAMOS ESPERANDO?
VLAD THE IMPALER (2020) É O FILME DE VAMPIROS QUE ESTÁVAMOS ESPERANDO? Como tudo aquilo que é promissor aqui na REDE VAMP descobrimos este “verdadeiro” tesouro aleatoriamente correndo em nossa timeline no Facebook. Eu sei que sites especializados devem dizer que foram indicados por correspondentes internacionais ou sobre terem percebido algum “hype” diferente usando algoritmos especializados e tal.
E vem de novo a pergunta VLAD THE IMPALER (2020) É O FILME DE VAMPIROS QUE ESTÁVAMOS ESPERANDO? Olha, neste artigo a gente está apostando que ele é muito mais legal do que o Dracula A História Nunca Contada (lembra dele?) Com toda certeza o filme é muito mais legal do que a controversa série da NETFLIX (Aliás demos um veredito bem interessante dela, aqui) E sem dúvida fãs da animação CASTLEVANIA podem apreciar bastante este novo filme. Mas aqui alguns dos nossos achados e indicações são na base do “paranauê” mesmo. Até por isso que funcionam e encontram amplo acolhimento entre vocês. Inclusive nos ajudem a espreitar ainda mais o melhor do cinema vamp em todo o mundo através do nosso crowdfunding no #CAMPUSSTRIGOI!
“Mas e aí Lord A, VLAD THE IMPALER (2020) É O FILME DE VAMPIROS QUE ESTÁVAMOS ESPERANDO?”Vamos começar pelo trailer deste verdadeiro “achado”!
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Eu achei sensacional e a primeira coisa que me chamou a atenção é que o filme é uma produção turca! Já venho consumindo um seriado chamado Mohamyd Ibn Arab The Mansions of Love, igualmente produzido por aqueles lados que é sensacional. Então como aprecio tons exóticos nas películas cinematográficas vou arriscar e apostar neste filme Vlad the Impaler. Aliás, na Rede Vamp temos muitos filmes de Vampiros produzidos entre 2000-2020 que você deveria conhecer!
O filme é dirigido por Osman Kaya (da séries Filinta e Sisterhood) e escrito por Ibrahim Ethem Arslan (Nezir Bir Film, e da série Tozkoparan), Mustafa Burak Dogu (das séries Dirilis: Ertugrul, Kizilelma) e Esra Vesu Ozcelik (Dos filmes Rule 2 de2006 e de Hicran and Melek, de 2016). O grandioso Vlad O Impalador é interpretado por Erkan Petekkaya (da série Broken Piece, Ayla 2017) assombrando e aterrorizando as terras do Império Otomano. Inclusive é um fato histórico, conto mais disso a frente!
O Sultão Mehmed II (mais conhecido no ocidente como Maomé II) é interpretado por Ruzgar Aksoy (dos seriados Adnali e Kesif 2018) ele ordena que 7 guerreiros conhecidos como Delilers acabem com a raça do Voivoda romeno. Eles são liderados por Gokkurt (Cem Uçan: Water and Fire 2013, Hürkus 2018) e Asgar (Ismail Filiz: Ketenpere 2017, Adanis: Kutsal Kavga 2020) eles devem liderar a batalha que acabará com todas as guerras e derrotarem o homem que alega ser “Deus” na Terra! Que é a palavra de ordem no trailer!
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Claro é mais um filme que aborda o Voivoda Vlad Bassarabi III conhecido pela história como “O Impalador”, a partir de um viés mais sanguinário e monstruoso. O filme é turco, afinal! Tal regente (bem como seu pai e a Ordem do Dragão que foram membros) são amplamente mencionados no meu primeiro livro #MISTÉRIOSVAMPYRICOS (Madras Editora, 2014, que pode ser adquirido aqui).
Inclusive a capa deste livro foi inspirada na sua amante Katherine Siegel e contamos esta história inédita no Brasil, bem aqui neste outro artigo. Então, não assistam Vlad The Impaler esperando encontrarem o personagem do romance de Bram Stoker ou o Drácula dos cinemas e da Cultura Pop.
Se você quer entender melhor porque Drácula é mais conhecido do que Cristo, segundo o IMDB, escute este podcast. Os produtores prometem um interessante mix de Game of Thrones com o seriado Vikings nas quase 2 horas de duração! Eles apostam alto!
E AI COMO FICA HISTORICAMENTE TUDO ISSO, LORD A?
Os Deliler são sete heróis improváveis unidos e compostos por alguns integrantes com profundo senso de dever pela sua fé muçulmana e outros cristãos que visam salvar pessoas inocentes, e seus irmãos cristãos, de Vlad – um monstro vaidoso, cruel e sedento de poder que trata seus supostos aliados como o Papa com tanto desdém quanto seus inimigos. Eles colocam na conta do empalador mais de 20.000 mortos.
Já na abertura o filme apresenta símbolos das religiões islâmica e cristã em pé, um diante do outro em igualdade, antes que um dragão (‘dracul’) se envolva em torno da cruz cristã como um hóspede indesejável. Vai vendo! Já teve jornalista chamando o filme de obra de propaganda muçulmana por isso. O que é brega e deselegante da parte desses profissionais. Uns até alegaram que o filme trata o Sultão Mehmed II ‘O Conquistador’ muito nobremente. Históricamente, este líder otomano era uma figura interessante sim. Mas vamos falar disso no próximo parágrafo.
De fato, historicamente quem foi até as praias turcas e otomanas puxar a guerra foi o próprio Vlad III. Outro ponto inquestionável o Sultão Maomé II foi um grande líder e naquele tempo foi um dos principais fornecedores de documentos e textos cabalísticos para o ocidente a partir de Veneza, na Itália. Mas a real é que os principais líderes europeus deviam muito dinheiro para ele e quando o papa viu que ia dar ruim isso e alertou as familias reais – só o Impalador respondeu e fez algo, mesmo que através de uma guerrilha bruta e sanguinária que quase custou a sua terra para conter e enfraquecer o inimigo. O sultão morreu beirando a esquizofrenia no seu palácio jurando que Vlad depois da sua morte vinha lhe assombrar e tomar sua vida toda noite.
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O tema do Mistério do Vôo Noturno, exércitos fantasmas, duplo etéreo e xamanismo primevo eram bases do fundamento tanto dos muçulmanos quanto dos católicos. Outro tema que abordo longamente nos meus livros, como por exemplo no recente #DEUSÉUMDRAGÃO (Penumbra Livros, 2019) e nos meus workshops (Consulte as próximas datas, aqui). Tudo isso é base inalienável da COSMOVISÃO VAMPYRICA e muito estuado e praticado no CÍRCULO STRIGOI e através da série de livros CODEX STRIGOI publicada no Brasil e no exterior.
Eu já mencionei que a história é contada pelo lado dos turcos, né? Não vai dar para esperar um herói na figura de Vlad, não é mesmo?
A trama é a seguinte: “Em meados do século XV, nas profundezas da Turquia durante o Império Otomano, a terra é dilacerada por atrocidades horrendas e assassinatos sangrentos são infligidos contra as pessoas aterrorizadas pelo cruel e sanguinário Vlad, o Empalador. O Sultão Baba (provavelmente o Sultão Maomé II, líder do mais avançado e próspero império daqueles tempos) ordena a um grupo de sete guerreiros destemidos conhecidos como Deliler, que exterminem Vlad e acabem com ele de uma vez por todas. Os sete heróis partem em sua longa jornada, parando em nada até encontrar o desumano Vlad e tentar derrotá-lo no que será uma batalha para terminar todas as batalhas. Interessante que “Deliler” pode ser traduzido como “Os Valentes” ou “Os Loucos”.
CAVALEIROS COM ASAS DE ANJO NAS COSTAS?
Mas Lord A tem um cara com asas negras nesse trailer aí, véio, que papo é esse? Além desse acessório causar um certo estranhamento e possivelmente ser usado de maneira anacrônica (fora da sua época) não é de todo algo tão inusitado assim. Então, houve um batalhão de cavalaria bastante extravagante conhecido como “Hussardos Alados” na Polônia, que de fato usavam asas brancas em suas armaduras e alegavam serem os guerreiros de Deus nas batalhas da Terra. Hussard (ortografia original sérvio: gussar; passando pelo húngaro huszár, plural huszárok) refere-se à classe de cavalaria ligeira, de origem sérvia e croata, mas subsequentemente via Hungria e imitada por vários países da Europa, que teve grande influência na estratégia militar dos séculos XVIII e XIX.
Os Hussardos Alados só ficaram mais populares nos dias de hoje graças a cultura pop. O criador de Sherlok Holmes (Sir Arthur Conan Doyle) já os mencionou no seu personagem brigadeiro Etienne Gérard dos hussardos franceses de Conflans. Para o escritor britânico os Hussardos eram capazes de botar toda uma população para correr – os homens para longe deles e as mulheres em direção a eles, pode ser tomado como um resumo justo do espírito de corpo desta classe da cavalaria.
Apesar de serem personagens tipo “lado b” eles ganharam renome após a Batalha de Viena em 1683 e principalmente após os famosos filmes poloneses baseados nos romances de Henryk Sienkiewicz: Ogniem i Mieczem (Sangue e Fogo, 1884), Potop (O Dilúvio, 1886) e Pan Wolodyjowski (O Senhor de Wolodyjowski, 1887—1888), que descrevem as lutas polonesas do século XVII contra os povos cossacos, turcos, tártaros e suecos, foi que ganharam destaque no restante dos países. Recentemente eles foram homenageados pela banda Sabaton da Suécia, na canção “Winged Hussars”, do álbum The Last Stand(2016).
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