Bailes de Máscaras e Vamps: Uma Trajetória

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#BaileDeMáscaras #Fangxtasy #Carmilla #LordA

Bailes de Máscaras e Vamps: Uma Trajetória

Porque afinal as máscaras nada escondem, apenas extravasam e vestem o que somos simbolicamente na prática. Bailes de máscaras e Vamps uma trajetória fantástica e desconhecida!” Lord A: .

#BaileDeMáscaras #Fangxtasy #Carmilla #LordA

A mítica do Baile de Máscaras sempre foi algo que fascinou Lord A e os particípes da Comunidade Vamp do Brasil, hoje, 2024 se nomeiam como a Corte de Antares e Amantkir, celebrando mais de duas décadas de história.

Na mítica do Baile de Máscaras há algo de um mistério e certa majestade nisso tudo.

O carnaval de Veneza na Itália era uma herança dos povos Venetos e celebravam reminicências de uma cultura e religiosidade pagã que dali ramificou entre os povos eslavos e posteriormente nos personagens arquetípicos da Commedia D´ella Arte italiana. Bailes de máscaras e Vamps uma trajetória sem fim através de alegorias e do imaginário.

Filmes como De Olhos Bem Fechados de Kubrik (1999) e mesmo o curioso Van Helssing (2004) também beberam nessa fonte lunar e dionisíaca. Imagens evocativa sem dúvida, mas para o Ethos Vamp o baile de máscaras tem raízes ou melhor vem de um imaginário bem mais distante.

Longe das águas superficiais e das praias onde brinca quem vive um sono sem sonhos embebido em espiritualidades de commodities. Já os Bailes de máscaras e Vamps uma trajetória sem fim levam aqueles que dançam para muito muito mais longe, além da angústia pois abarcam a mesma como parte indisolúvel do que somos e oferece o “preciaux sanguine” para ressurgirmos além do que esta nos sufoca…

Dizem que foi Álvares de Azevedo que esteve em um baile de máscaras na São Paulo do dezenove e registrou algumas impressões.

MASCAS, LOMBARDOS E AQUELES QUE VOAM ATRAVÉS DA NOITE


Ao norte da Itália as bruxas eram chamadas de “Mascas”pelos povos Lombardos é por lá que encontraremos as raízes sabáticas e pagãs do carnavalesco baile de máscaras dos venezianos. Bailes de máscaras e Vamps uma trajetória inegável e irresístivel.

A própria raiz da palavra máscara também vem do latim medieval na forma de “masca” que designava espectros noturnos femininos e pesadelos. Era a máscara usada para evocar tais forças e visitar as profundezas do ser ou lugares mais distantes (tirando o ego ou ainda o eu diurno da jogada).

O que a Cosmovisão Vampyrica chama de “Ístmo” e a filosofia de “Terra Incógnita” ou ainda o “Mundus Imaginallis” dos perenealistas e pré modernos.

Lamias, Streghas, Strix e Strigois, o mistério do vôo noturno – a base metafísica de todas as religiões, religiosidades e espiritualidades (entenda melhor o tema, aqui).

Para o árabe era “maskharah” um bufão ou quem sabe um arlequim.

No aramaico era “mesaqqer” ou pintar de vermelho as faces, como faziam os judeus no mês de Adar em Jerusalém; no Sião as jovens mais luxuriosas mascaravam com tinturas em torno de seus olhos com vermelho também.

Próximo espreitava o Rei dos Elfos e ainda o Hellequin ou Arlequino – quem sabe entre os descendentes de Odin como os Lombardos ao norte da Itália. (Rei dos Elfos, Hellequin e o Diabo são amplamente abordados no livro #Mistérios Vampyricos).

Ao sul da França, no Occitane (temos uma viagem para lá, veja mais detalhes aqui!) o termo era “mascurer” ou “masco”, enegrecer e sombrear ao redor dos olhos e o rosto como uma máscara. Um certo tom sablé para a maneira como enxergamos a vida, quando a obscuridade e a reverência ao desconhecido como um controle de qualidade pessoal.

“Mascurer ou “Masco” são reminiscências de uma lingua pré-indo-européia que ainda hoje remetem aos mistérios do vôo noturno. (Nos dias de hoje conhecido como sonho lúcido, jornada astral e a experiência xamânica original em deixar a pele como um estrela flamejante a singrar a noite, este conteúdo é debatido no curso Mistério do Vôo Noturno, saiba mais aqui)

Gaitistas de fole amaldiçoados, violinos ciganos, tambores e loucas flautas no mundo antigo. Sintetizadores, guitarras e batidas repetitivas a 128 KBPS além do poder das palavras e que nos fazem muito bem a cada noite que realizamos nossos bailes.

Rainha Xendra Sahjaza e Rei Axikerzus Sahjaza

O PRIMEIRO BAILE DE MÁSCARAS NA COMUNIDADE VAMP DO BRASIL E SUA CONTINUÍDADE

O primeiro evento formal que deu origem a Comunidade Vamp do Brasil foi um baile de máscaras realizado na antiga morada de Lord A em um haloween do ano de 2003. No ano seguinte a ideia foi retomada por ele como um evento anual no seu evento Teatro dos Vampiros.

Aos poucos ganhou proporção e adquiriu um tom perene e resiliente, pois inexistiam eventos como esse no contexto alternativo brasileiro – sempre esperado e celebrado no mês de novembro.

Era um evento que as pessoas já preparavam seus trajes e escolhiam suas máscaras com antecedência e onde muitas vezes foi celebrado um baile mesmo com músicas apropriadas e trilhas sonoras de filmes célebres do gênero.

Ainda em 2010 mais uma edição se realizou agora no evento SUBMUNDO ao som do duo OLAM EIN SOF e com danças circulares e música medieval. Algo etéreo e magnífico.

O ano de 2024 leva a tradição de nossos bailes de máscaras rumo a extraordinária Carmilla Noite de Gala Sombria, na bela Mansão Hasbaya e com possibilidades de inesquecíveis e marcantes atrações e presenças internacionais. Você não perderia isso por nada nesta vida.

A Fangxtasy foi o lar dos nossos bailes de máscaras entre 2012 a 2016 no querido POISON BAR & BALADA na Vila Madalena até quando a casa encerrou atividades. A festa prosseguiu para o PLU BAR (2017) e ZUG (2018) o Baile de Máscaras continuou e ainda ganhou uma segunda edição anual.

Agora celebrávamos dois bailes de máscaras! Eles eram marcados pela proximidade dos solstícios de Inverno e Verão (Junho/inverno e o aniversário da Rainha Xendra Sahjaza). E o do solstício de Verão nos finais de novembro e metade de dezembro (aniversário de nosso Lord A:.).

Mascarados e Mascaradas vem até de outros países para tal celebração, uma moderna Compagnia de la Calzza que vaga por Veneza, com seus Antigos e Ardentes marcando esta tradição de mais de duas décadas da Rede Vampyrica.

Assim como no baile das cartas da corte de um baralho de tarô, se engana quem pensa que Vlad O Empalador da Casa Bassarabi e a renascença italiana não tenham vínculos comuns ao norte da Itália. Falaremos disso outra hora.

Tolo de quem pensa que Pamela Colman Smith, Bram Stoker & Aleister Crowley não tenham vínculos comuns e com o perfume de lírio negro.

Aliás, você sabia que recentemente entrevistamos Dacre Stoker, sobrinho bisneto e herdeiro do legado de Bram Stoker o criador de Drácula? Olha o video:

NOSSOS BAILES DE MÁSCARAS PROSSEGUEM EM UM NOVO SALÃO

No final do ano de 2018 a inspiração e a influência de nossa tradição conduziu nosso Rei e Rainha a nóvissima ESTAÇÃO MADAME onde mais uma edição do grandioso baile se realizou uma vez mais no mês de dezembro (veja mais aqui).

E novamente o maior complexo de entretenimento alternativo do Brasil recebeu outra edição do BAILE DE MÁSCARAS DE INVERNO no sábado 8 de Junho de 2019! E novamente foi uma noite extraordinária. A pandemia entre os anos 2020 ao início de 2022 deslocou nossos eventos para o online em transmissões abertas (twitch) e fechadas (via zoom) e nelas a tradição dos bailes de máscaras se manteve a sua própria maneira.

Ainda em setembro de 2022 nosso Baile de Máscaras retornou ao Salão dos Gárgulas no Madame Underground Club com mais uma edição do evento Dança dos Vampiros e foi muito especial.

EMPORIUM VAMP DESDE 2006 ATENDENDO OS IMORTAIS MAIS EXIGENTES

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