Vampiros no Cemitério Pere Lachaise

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Vampiros no Cemitério Pere Lachaise

O simbolismo dos cemitérios podem ser bastante sinistro, com crânios e almas voadoras, tal como o refrão do memento mori – lembre-se que você vai morrer!

Por volta do século 19, porém, a maioria dos cemitérios na Europa Ocidental e nos Estados Unidos tinha se mudado para uma iconografia vitoriana suave, com foco na vida eterna com chamas invertidas ainda queimando na escuridão, anjos chorando com seus belos rostos esculpidos recatadamente virados para o chão. No entanto, em Père Lachaise, em Paris, inaugurado em 1804, um símbolo escuro curioso se repete: o morcego. Vamos adiante nesta tradução livre do artigo públicado no site Atlas Obscura

 

Arte Tumular no Pere Lachaise

A maioria dos visitantes que apreciam a arte tumular e o turismo cemiterial raramente notam as criaturas voadoras esculpidas em pedra ou formados em portas de túmulos, mas repare, é provável que você veja pelo menos um em sua visita. Como Shannon Moore Shepherd escreveu para o site Atlas Obscura após visitar o cemitério com Jacques Sirgent do museu dos Vampiros de Paris, há cerca de 14 morcegos esculpidos que estão escondidos na arte tumular do cemitério, que, quando seguidas, supostamente “levará o peregrino diretamente a frente da sepultura onde está o Drácula original” ao menos é o que acredita John Sargente, do museu dos vampiros de París. (ele também acredita que o corpo foi transportado para lá há muito tempo atrás).

 

Assista também nosso video sobre arte tumular e a exposição “Lapidar” em São Paulo

Vampiros são uma tendência no cemitério de Pere Lachaise em Paris. Em 1913 a história alemã “Das Grabmal auf dem Père Lachaise” de Karl Hans Strobl, é prometido a um homem uma grande fortuna em troca de passar um ano na tumba de uma condessa, lá dentro ele descobre que é incapaz de sair da claustrofóbica sepultura. Ele suspeita que um vampiro pode ser a causa disso, embora o conto focalize a perda do bom-senso. Há também a brincadeira do século 19 “Les Etrennes d’un vampiro”, que alega ter sido copiada de um manuscrito encontrado no mesmo cemitério.

Existe também a trágica e grotesca história de de François Bertrand. No ano de 1848, diversas sepulturas no cemitério Père-Lachaise foram encontradas brutalmente violadas , os corpos grotescamente rasgado em pedaços carnudos. Descobriu-se que Bertrand – um sargento militar francês se proclamou o “Vampiro de Montparnasse” na imprensa frenética. Ele assumiu a culpa e admitiu um impulso incontrolável de mutilar corpos em suas sepulturas. Algo indescritivielmente mórbido que lembra as histerias do final do século anterior em vilarejos mais distantes.

 

 

 

 

 

Alguns visitantes notaram o assustador “mausoléu Valachie” localizado na estranha “Allée du Dragon.” Vlad Dracul (cujo sobrenome significa Dragão ou Diabo dependendo da região), ele foi o pai do homem que se tornou Vlad, o Empalador e inspirou (ainda que indiretamente) o personagem literário Drácula de Bram Stoker, e na parte superior do túmulo há uma escultura de uma águia que agarra em suas garras uma cruz e que se parece com uma estaca.

 

Apesar de toda a ficção e coincidências, a fonte do “morcego” pode apenas significar sua representação da noite, e, portanto, a morte. É um símbolo cemiterial bastante raro, mas não sem paralelo em outros cemitérios em todo o mundo, embora não haja nada parecido em nenhum outro lugar. Uma velha superstição crê que pregar um morcergo morto de asas abertas a porta, protege de ações nefastas e demoníacas. Logo não estranheremos ver o túmulo do pioneiro da fantasmagoria Robertson, que tem asas de morcego flanqueando crânios como um lembrete de feitos espectrais do mágico e ilusionista em provocar o sobrenatural através de seus espelhos truques com espelhos e fumaça.

 

Arte Tumular no Pere Lachaise

A reportagem não encontrou há nenhuma razão clara para justificar porque essas pessoas diferentes escolheram morcegos para enfeitar seus jazigos, talvez eles sejam um lembrete de algumas das histórias mais obscuras da cidade dos mortos. Talvez seja melhor esperar até a noite, e se você tiver sorte, poderá vislumbrar alguns dos morcegos reais que chamam de lar tal cemitério. Eles abrem suas asas e parte do lugar de descanso diário, evocando na vida a noite, a escuridão e a descida de cada dia no sono. Como o símbolo da ampulheta saturnina dos cemitérios, só que ao invés disso voando para nos recordarem que o tempo voa.

 

Ainda não estivemos no cemitério Pere Lachaise, entretanto a REDE VAMP já esteve no cemitério de Highgate na Inglaterra que foi alvo de uma histeria vampírica nos anos 70, assista o video.

 

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