#Resenha: A Senhora dos Mortos

Back to Blog

#Resenha: A Senhora dos Mortos

 

Título: A Senhora dos Mortos

Autor: Rodrigo de Oliveira

Páginas: 278

Editora: Faro Editorial

Skoob
COMPRE AQUI: SARAIVA, LIVRARIA DA FOLHA, AMAZON

 

 

Vamos recapitular; no primeiro livro da série – “O Vale dos Mortos” – o inimigo direto eram os zumbis. Os sobreviventes da passagem do planeta Absinto cortaram um dobrado para continuarem vivos.

Em “A Batalha dos Mortos” os inimigos eram os outros sobreviventes. Homens que preferiam matar outros homens para terem mais chances na Terra.

E agora, pasmem, temos um elemento sobrenatural. Nossos amados sobreviventes – que já estão em número menor – devem enfrentar a única mulher que consegue usar os zumbis contra os humanos.

Apesar disso parecer absurdo, eu já adianto que não é. É super plausível e tem mais, este foi o melhor livro dos três.

“A tristeza, o arrependimento e a mágoa evaporaram e o que sobrou foi um ódio colossal e incontrolável. A culpa era toda de Jezebel, aquele demônio de Canela.”
Pag. 155

O elemento sobrenatural fica por conta de Jezebel, a irmã gêmea de Isabel que ficou pra trás.

Agora além de Jezebel se transformar no próprio Demônio, ela quer vingança. Quer matar todos aqueles que não a salvaram, e para isso acontecer, todos que ficarem no seu caminho irão morrer.

E ela não está sozinha, todos os zumbis irão com ela pra onde ela for e farão tudo que ela mandar.

“Ela era uma moça linda, de olhos verdes, cabelos castanhos claros e pele branca com pequenas sardas no rosto. E, para sobreviver, aos vinte e cinco anos, Mariana Fernandes aprendeu a matar.”
Pag. 51

Para quem já leu o conto Elevador 16 e ficou curioso com o paradeiro de Mariana. Pode pular de alegria, ela volta com força total!

A moça comeu o pão que o diabo amassou, mas é maravilhoso tê-la de volta.

“Jezebel caminhou tranquila entre os inúmeros carros abandonados na via. Diversos veículos abandonados ali juntando poeira e ferrugem, desintegrando-se aos poucos pela ação do tempo.”
Pag. 11

Outros inimigos também aparecem dentro do condomínio Colinas. Resquícios de Emanuel ainda insistem em mostrar as caras.

“Os mortos se achavam amontoados de forma displicente, formando aquele lugar, enquanto algumas aves se encontravam pousadas sobre um ou outro defunto, bicando pedaços de carne.”
Pag. 18

Depois de ler “A Batalha dos Mortos” eu estava decidida a nunca mais gostar do Ivan. Vim nutrindo um certo ódio pelo personagem durante todos esses meses de espera pelo terceiro volume. Agora tenho que dar o braço a torcer. Nas últimas páginas de “A Senhora dos Mortos” ele me pareceu mais humilde e acolhedor. Tá, ele ganhou um pedacinho do meu coração. Mas é só um pedacinho, não ele todo!

“O zumbi arreganhou os dentes de forma selvagem diante de sua presa. E isso ligou a chave dentro de Mariana, que respirou fundo e o encarou de volta com aço no olhar.”
Pag. 55

Jezebel é a Diva do Inferno. Fazia tempo que u não encontrava uma vilã tão má e inatingível quanto ela. Inabalável, forte, poderosa, sádica… Eu amei!!

” – Matem todos! – Jezebel gritou. – Cada homem, mulher, velho ou criança. Não quero ninguém vivo.”
Pag. 15
“Mas Jezebel não era mais humana, disso não havia dúvidas. O que ela e todos os zumbis tinham em comum era a fome insaciável por carne humana.”
Pag. 12

Digo isso porque acredito que só se tem bons mocinhos se os vilões forem grandes. Assim funciona a balança literária. Graças ao tamanho de Jezebel que eu pude mudar de opinião em relação ao Ivan.

“A bala entrou pela testa e atravessou o crânio do zumbi, fazendo a cabeça explodir na parte de trás, espalhando sangue e miolos na porta pela parte de dentro. O ser tombou, inerte.”
Pag. 141

A narrativa continua em terceira pessoa pelo ponto de vista de vários personagens. E isso é perfeito para este livro, pois podemos ver tudo o que acontece em todos os cantos. Vamos de São Paulo à Curitiba com a distância de uma página.

“Antes mesmo que pudesse soltar mais um gemido, um segundo disparo atravessou seu crânio, explodindo seu cérebro e espalhando sangue e miolos pelo quarto.”
Pag. 240

Rodrigo de Oliveira tem uma maneira tão incrível de escrever!! Super ágil e simples. Sem enrolação e com muito sangue e miolos por todos os cantos.

Pra mim esta série continua sendo a melhor do gênero. Adoro e recomendo para todos que curtem livros de zumbis.

O trabalho gráfico da Faro Editorial é outro show à parte. Um capricho a mais para a obra. A capa é maravilhosa e a diagramação é impecável.

Se você ainda não começou a ler a série, comece logo!! E se já começou, corre pra ler “A Senhora dos Mortos”.

Facebook Comments

Share this post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Back to Blog