5ª Edição – Um playteste interessante
Como muitos jogadores de RPG já sabem (especificamente os fãs de VtM), a WW lançou um pré alfa para teste da 5ª edição e nesse artigo eu não irei dar spoilers do aventura, mas as minhas impressões ao jogar com o sistema de teste.
A aventura se passa em Berlim em um cenário pós Gehenna, porém não nos é dado muitos detalhes, apenas que o Sabá desapareceu e que New York foi pro saco assim como muitas cidades que antes eram controladas pela Camarilla ou pelo Sabá e por sorte nada muito terrível ocorreu em Berlim (por hora). Tudo que sobrou nesse cenário foi uma Camarilla em frangalhos e jovens vampiros anarquistas órfãos. Diga-se de passagem eu não achei que os anarquistas são apresentados da mesma forma que eram normalmente, parece que o termo no jogo sofrerá uma resignificância. Como assim? Bem, parece que eles são só indivíduos sem direitos e que a Camarilla é um clube fechado só para quem manda de verdade. Ué, e não era isso? Não, os anarquistas eram como uma terceira seita, sem hierarquia e mais desorganizados, mas eram um grupo unido que não aceitava o Sabá ou a Camarilla, eles tomavam o próprio território e agora qualquer um é anarquistas desde que não faça parte da Cammy, entendem a diferença? É tênue e talvez seja viagem da minha cabeça, mas como eu disse, foi uma impressão minha.
O despertar do sangue e a fome. Sim, de longe essa é a mecânica mais interessante. É claro que não é possível perceber a diferença de idade entre os vampiros por hora já que a mecânica precisa ser refinada e eu acredito que o despertar do sangue de um vampiro mais velho seja mais forte que o de um mais novo, mas como isso será traduzido no jogo só esperando mesmo.
A sistemática da fome traz uma realidade diferente ao jogo, te faz entender o que realmente é ser um monstro amaldiçoado. Sim, você tem poderes, mas eles tem um preço alto, cada uso deve ser muito preciso e mais cada vez que você os usa você dá um passo em direção ao seu lado sobrenatural e se distancia do ser humano que você foi um dia e o preço é fome crescente e eterna. Essa é a maldição do vampirismo, mais do que ser queimado pela luz do sol é ter que conviver com a fome eternamente (seria como estar de dieta pra sempre e nunca se acostumar a comer menos), mesmo que você se alimente bem ainda terá um mínimo de fome e sim, é possível saciar essa fome, absorvendo a vida de alguém, matar e se tornar o verdadeiro monstro que você é. Os dilemas da humanidade, o desgaste psicológico, o medo, tudo isso é amplificado com essa simples mecânica.
Uma novidade que eu achei muito interessante mas que deve causar controvérsias. Humanos agora são “power ups”. Quer dizer que agora os mortais dão bônus dependendo de quem você se alimenta. Eu bebi o sangue de um cara muito engraçado e pelos resto da noite eu tenho um dado extra nos testes sociais (isso é um exemplo).
Toda essa atmosfera pode ser melhor percebida no jogo para celular deles Vampire: Prelude. Sério, vale a pena comprar e jogar se você quer sentir mais dessa atmosfera para essa nova edição.
Esse texto tem só as minhas impressões, os pontos que eu achei mais legais, discutam nos comentários, digam se concordam ou não e vamos juntar nossas teorias para o que vem por aí.
Até a próxima e bons sonhos
Deixe um comentário