Um Sonho de Vampiros (1969) o primeiro filme de vampiros no Brasil

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Um Sonho de Vampiros (1969) o primeiro filme de vampiros no Brasil

Um Sonho de Vampiros (1969) o primeiro filme de vampiros no Brasil – O texto reproduzido a seguir é de autoria de Laura L. Cánepa traz informações que há anos eu procurava e inclusive um cartaz deste que foi o primeiro filme brasileiro sobre vampiros produzido aqui em 1969.

Cartaz do primeiro filme brasileiro sobre Vampiros

…um velho cientista que vive obcuro, até que a morte lhe permite tornar-se um vampiro. Nessa condição, ele decide transformar todos os habitantes da cidade em sanguessugas – sobretudo os mais poderosos, como o delegado, o padre e o empresário. Então, dois jovens enamorados, Rosinha (Janet Chermont) e Camilo (Sonélio Costa), precisam ir à luta para que a vida volte ao normal.

Em 1969, o mundo das chanchadas já fazia parte do passado, mas o cineasta Iberê Cavalcanti (1935-) decidiu levar a cabo um projeto de resgate das comédias populares carnavalescas, e, para isso, trouxe de volta Ankito (codinome de Anchises Pinto, 1924 – 2009), um dos principais nomes das chanchadas, no longa-metragem UM SONHO DE VAMPIROS.
 
 
O filme, estrelado também por Irma Álvares (no papel de uma vampira) e narrado por Hugo Carvana, contava a história do Dr. Pan (Ankito, então voltando às telas após um acidente que o debilitara por cinco anos), um velho cientista que vive obcuro, até que a morte lhe permite tornar-se um vampiro. Nessa condição, ele decide transformar todos os habitantes da cidade em sanguessugas – sobretudo os mais poderosos, como o delegado, o padre e o empresário. Então, dois jovens enamorados, Rosinha (Janet Chermont) e Camilo (Sonélio Costa), precisam ir à luta para que a vida volte ao normal.Mesmo que o filme esteja, no momento, inacessível, é possível fazer algumas inferências sobre UM SONHO DE VAMPIROS.
 
 
Primeiro, que seu “resgate” das chanchadas dez anos depois do ocaso desse gênero brasileiro estava em consonância com outros movimentos, como o do cinema marginal, que vinham aproveitando a experiência paródica da chanchada em novos moldes, nos quais a cultura popular de massa era ressignificada de maneira mais anárquica e agressiva.Outra inferência possível, decorrente da primeira, diz respeito a um certo “anacronismo” do projeto de Iberê Cavalcanti, justamente pela inocência do enredo.
 
 
Mas o aspecto mais importante do filme – pelo menos no âmbito desta pesquisa – é o de ter promovido uma típica comédia de horror (isto é, uma comédia cuja história que descreve ameaças sobrenaturais que provocam medo e repulsa nos personagens), possivelmente a primeira do cinema brasileiro a assumir-se dessa forma.
 
Infelizmente, apesar do valor histórico, UM SONHO DE VAMPIROS está, hoje, fora do nosso alcance, não tendo sido possível assisti-lo ou obter detalhes seguros sobre seu enredo e desfecho. Se alguém tiver notícias do filme ou de seu diretor, por favor entre em contato.
 
 
Ficha técnica completa da Cinemateca Brasileira do filme UM SONHO DE VAMPIROS (Iberê Cavalcanti, 1969).
 

Laura Loguercio Cánepa, é doutora em Multimeios pelo IAR-Unicamp (2008), mestre em Ciências da Comunicação pela ECA-USP (2002) e graduada em Jornalismo pela FABICO-URFGS (1996). Atualmente, é professora do Mestrado em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Foi coordenadora dos cursos de Realização Audiovisual da Unisinos – RS (2006/2008) e Jornalismo da FIZO -SP (2005). (Texto informado pelo autor)

 

*texto respeitosamente publicado dado sua importância histórica, o original pode ser conferido no blog da autora.

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