Síndrome do Morto-Vivo – Zumbis

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Síndrome do Morto-Vivo – Zumbis

“Muitos filmes e séries nos mostram um possível mundo onde estaríamos dividindo espaço com seres completamente sem inteligência ou mesmo noção de suas ações. Estaríamos dividindo nosso mundo com criaturas que estariam diariamente atrás de nossa carne: os zumbis.”

Eles estão em todos os lugares. Bombam no cinema e na TV, barbarizam em games. Viraram fenômenos literário e são vistos perambulando nas ruas das grandes cidades, nas animadas Zombie Walk.

Por muito tempo encarados como monstros de segunda categoria e nada mais do que fétidos defuntos ambulantes, os zumbis deram a volta por cima e conquistaram uma legião de entusiasmados seguidores ao redor do planeta.

O mito dos zumbis está intimamente associado ao vodu, ritual místico praticado há séculos no Haiti e em outras ilhas do Caribe. Por lá, acreditava-se que feiticeiros teriam o poder de ressuscitar os mortos, controlar sua mente e torná-los seus escravos.

Esses feiticeiros do Haiti, chamados Bokor, seriam capazes de dar vida à cadáveres e torná-los trabalhadores braçais letárgicos e sem vontade própria. A ciência já desvendou o que há por trás dessa suposta magia: um pó venenoso que deixa a vítima em estado catatônico.

O pozinho “levanta defunto” é uma mistura de osso humano pulverizado, pedaços de lagarto, a carcaça de um sapo venenoso, o cururu (Bufo Marinus), e o verme aquático poliqueta. Mas o filé são dois peixes marinhos, sendo um deles o baiacu, que contêm uma potente neurotoxina chamada tetrodotoxina. Os bichos, são grelhados e depois macerados em um pilão.

Essas histórias fantasiosas foram, muito tempo depois, a fonte de inspiração para o surgimento do subgênero de filmes sobre monstros, que ganhou força nos anos 60, quando George Romero, cineasta novaiorquino, lançou A Noite dos Mortos-Vivos (1968).

Bom, mas vamos ao que são essas criaturas que desde muito tempo ouvimos falar e muitas vezes, tememos.

Muitos mistérios rondam sua origem, mas, para nós, não restam dúvidas: os zumbis são pessoas comuns que morreram, sofreram uma terrível metamorfose e retornaram à vida totalmente transfiguradas.

Os zumbis ocupam o corpo de uma pessoa como eu, você ou como seu melhor amigo. Eles habitam um organismo humano em putrefação e cujos sistemas (nervoso, circulatório, respiratório e etc) funcionam precariamente. Ao contrário de outros monstros, como vampiros e lobisomens, eles não tem poderes sobrenaturais.

Existem diversas teorias sobre como os mortos são reanimados. A contaminação pode ter como foco micro-organismos alienígenas, vírus mutantes, radiação, agentes químicos e etc. O que é consenso, é que eles são seres que morreram, tiveram uma infecção e são programados a passá-la adiante.

A origem do termo é incerta, mas estudiosos acreditam que tal derive dos termos nzambi ou nzumbi, que significam divindade ou espírito ancestral em alguns idiomas e dialetos do oeste da África.

Vemos alguns zumbis em filmes em que toda sua característica é fundamentada em estudos comprovados cientificamente, como seu andar lento, trôpego e desajeitado. Em alguns filmes como em Madrugada dos Mortos (2004) eles se deslocam rapidamente, o que do ponto de vista biológico, é impossível.

E hoje trago para vocês um caso real de zumbi que ocorreu alguns anos atrás.

A Síndrome do morto vivo tem um  nome bonitinho na medicina se chama Síndrome de Cotard, foi descoberta em 1880 por um neurologista francês chamado Jules Cotard. Ela é uma síndrome rara, ela atinge principalmente o psicológico da pessoa fazendo com que ela acredite que está morta, ela não reage a pessoas, nem mesmo familiares ou estímulos exteriores. Ela também acredita que seus órgãos estão apodrecendo ou podres, muitas vezes até param de comer por acharem que não é mais necessário, maluco não?!

Os sintomas são diversos, como delírio de negação, alguns negam a própria existência ou parte do corpo.De primeiro momento, acontece a – Germinação – os pacientes sofrem crises de depressão psicótica e sintomas hipocondríacos. De segundo momento, já acontece o – Florescimento- é caracterizada pelo desenvolvimento completo e explosivo da síndrome e os delírios de negação. E o ultimo momento seria o  – Crônico – é caracterizado por delírios graves e essa síndrome não tem  um tratamento que seja eficaz ou atrase as etapas. Várias tentativas foram feitas por varias doses de remédios, comprimidos e até mesmo tratamento de choque.

Existe um britânico que viveu 9 anos acreditando que era um zumbi. Seu nome é Graham Harrison, 57 anos, ex-encanador da cidade de Exeter, no Reino Unido, acordou após uma tentativa de suicídio fracassada e ficou impressionado por perceber que podia falar. Ele havia tentado morrer eletrocutado e dizia que não tinha mais cérebro. Foram feitos vários exames no britânico e em pessoas saudáveis e foi descoberto que realmente tinha parte do cérebro inativa,impedindo ele de reconhecer rostos e de processar emoções. Ele conta em uma das  entrevista que não sentia necessidade,vontade e nem desejo  de comer algo,pois  para ele não havia sentido. Ele também já não tinha memórias, não sentia prazer e nem vontades,apenas se sentia melhor andando  em cemitérios.

Em uma entrevista para o Daily Mail, ele disse que com anos de psicoterapia e remédios, ele conseguiu amenizar o delírio. “Eu não posso dizer que eu voltei completamente ao normal, mas me sinto bem melhor hoje” afirmou Harrison. Existem muitos casos de pessoas que sofrem com a síndrome. Aconteceu até mesmo com crianças, e muitos destes casos a pessoa acaba ocorrendo por não comer.

 

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