Maria Augusta – A Loira do Banheiro

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Maria Augusta – A Loira do Banheiro

Bom dia queridos e queridas da Rede Vamp.

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Decidi pesquisar mais a fundo algumas lendas que conhecemos desde pequenos e que são contadas na escola pelos amigos para nos assustar. Uma delas é a loira do banheiro. É difícil encontrar alguém no Brasil que não tenha ouvido falar dessa lenda. Mas será que ela existiu em algum tempo?

Pesquisando, se haveria algum fundo de verdade nesta lenda, encontrei uma moça que seria o motivo de tantos sustos pelas escolas mundo a fora e no nosso país: Maria Augusta, filha do Visconde Franciscus D’A Oliveira Borges e da Viscondessa Amelia Augusta Cazai.

Então vamos dar uma olhada na lenda e em algumas de suas várias versões:

  • Versão tradicional: Uma menina loira muito bonita, vivia matando aula na escola, ficando dentro do banheiro, fumando, fazendo hora, enfim. Então um dia, durante essas escapadas, ela caiu, bateu com a cabeça no chão e morreu. Desde esse dia. os banheiros femininos de escolas são assombrados pelo espírito de uma loira que aparece quando se entra sozinho. Outros dizem que esta loira aparece com seu rosto cheio de cicatrizes e fere as garotas, ou com algodão no nariz, pedindo para que tirem. É uma história complicada, mas é uma das lendas que fazem parte da vida de qualquer estudante.
  • Versão um tanto desconhecida: Jennifer era uma menina que não tinha muitos amigos. Era muito bonita e invejada por todos. Ela gostava de goticismo e coisas relacionadas ao assunto. Era muito ligada a sua família. Nem pensava em aulas. Matava aula ficando trancada dentro do banheiro. Até que um dia, resolveu testar uma brincadeira, muito conhecida no seu colégio, e que todas as pessoas diziam que depois que fizesse a brincadeira, algo ruim iria acontecer. Ela fez a simples coisa, bateu três vezes levemente no espelho e falou três palavrões em voz alta, como havia dito por seus colegas. Logo em seguida, não ouviu nada, e o sinal tocou, o que fez Jennifer ir para casa. No caminho de casa, a menina ficou com sede e parou em um bar para comprar uma garrafa de água mineral. Quando estava saindo, a mulher que estava no balcão falou para ela: “Menina, tome cuidado. A essa hora, não há mais nada no caminho a frente”. Jennifer achou estranho a fala da moça, mas com toda certeza que não iria acontecer nada, foi embora. Chegando em casa, não havia ninguém. Ela ficou muito assustada, e ligou para a polícia, enquanto revistava todos os cômodos da casa. Já em estado crítico, ela conseguiu avistar na porta do banheiro as palavras escritas com sangue: “Keep Out” (saia daqui). Ela correu até a porta do banheiro para entrar, e lembrou do que seus colegas da escola diziam: “Se algo de ruim realmente acontecer, repita a brincadeira de novo, mas ao invés de falar três palavrões, fale cinco”. Ela o fez e nada aconteceu. Quando a menina foi sair do banheiro para atender a porta, pois a polícia acabara de chegar, algo a pegou pelas costas, a estrangulando. Depois a “coisa” que a estrangulou, enterrou-a, entoando o cântico “Chama La Bu”. Até hoje, ninguém encontrou o corpo desta menina, mas houveram boatos de crianças e adolescentes que na hora de dormir escutaram tambores e um homem entoando este cântico.

Acredita-se também, que seja possível invocá-la. Para isto, basta apertar a descarga por três vezes seguidas ou chutar, com força, o vaso sanitário. Então ela aparecerá, pronta para atacar a primeira pessoa que entrar no banheiro.

(Obs.: sinceramente não faz sentido para mim essa parte de invocação, mas já vi muita gente fazer isso quando estudava).

Como eu disse, pesquisei a fundo referente a esta lenda e se a tal da Loira do Banheiro realmente já foi uma pessoa de verdade, até que encontrei a história de uma mulher, que conto para vocês a seguir:

A Verdadeira Historia: 

          Filha de Francisco de Assis de Oliveira Borges, Visconde de Guaratingetá e de sua segunda esposa, Amélia Augusta Cazal, Maria Augusta nasceu no ano de 1866 e teve uma infância privilegiada e um requintado estudo em sua casa, cujas terras ultrapassavam os limites da atual Rua São Francisco.Sua beleza encantava os ilustres visitantes que passavam pelo vale do Paraíba. Naquela época, a política dos casamentos não levava em conta os sentimentos dos jovens, pois os casamentos eram “arranjados” levando-se em conta na realidade, os interesses dos pais. Uma nítida conotação de transação simplesmente econômica ou meramente política, teria levado o Visconde de Guaratinguetá a unir no dia 1 de Abril de 1879 sua filha Maria Augusta com apenas quatorze anos de idade com um ilustre conselheiro do Império, Dr. Francisco Antônio Dutra Rodrigues, vinte e um anos mais velho que a bela jovem.


                             


Como era previsível, surgiram divergências entre Maria Augusta e seu marido, o Dr. Dutra Rodrigues, devido também à sua pouca idade, fazendo com que os pensamentos e ideais dos casal fossem diferentes. Devido à esses problemas, Maria Augusta deixa a companhia do Marido em são Paulo e foge para a Europa na companhia de um titular do Império e alto ministro das finanças do reino, passando a residir em Paris na Rua Alphones de Neuville. Maria Augusta assume definitivamente a alta sociedade parisiense abrilhantando bailes com sua beleza, elegância e juventude. Maria Augusta prolonga sua estada na França até que no dia 22 de Abril de 1891, com apenas 26 anos de idade vem a falecer, sendo que para alguns, devido à Pneumonia, e para outros a causa foi a Hidrofobia. 

 

 Diz a história, que um espelho se quebrou na casa de seus pais em Guaratinguetá no mesmo momento em que Maria Augusta morreu. Seu atestado de óbito desapareceu com os primeiro livro do cemitério dos Passos de Guaratinguetá, levando consigo a verdade sobre a morte de Maria Augusta.

Para o transporte do seu corpo ao Brasil, foram guardados dentro de seu tórax as joias que restaram e pequenos pertences de valor, e foi colocado algodão em seu corpo para evitar os resíduos.  
        Conta-se também que durante o caminho, os pertences guardados em seu cadáver foram roubados. Enquanto o corpo de Maria Augusta era transportado, sua mãe inconsolada, decidiu construir uma pequena capela no Cemitério Municipal de Guaratinguetá para abrigar a filha, com os dizeres: “Eterno Amor Maternal”.  Quando o corpo da filha chegou ao palacete da família, sua mãe o colocou em um dos quartos para visitação pública e assim ficou por algumas semanas durante a construção da capela. O corpo da menina, que estava em uma urna de vidro, não sofria com o tempo e ela sempre aparentava estar apenas dormindo. Depois a mãe negou-se a sepultar o corpo da filha devido a seu arrependimento, mesmo quando a capela ficou pronta.
Até que um dia, após muitos sonhos com a filha morta, pedido para ser enterrada e dizendo que não era uma santa ou coisa parecida para ficar sendo exposta, e da insistência da família, a mãe consentiu em sepultá-la. A casa onde residiu a família e onde Maria Augusta nasceu tornou-se mais futuramente um colégio estadual. Alguma pessoas afirmam terem visto o espírito de Maria Augusta andando por lá. A lenda conta que ela caminha até hoje pelos corredores do colégio. Suas conhecidas aparições nos banheiros são por conta da sede que seu espírito sente por ter sido colocado algodão em suas narinas e boca.
Dizem que devido à esse acontecimento, ela passa pelos banheiros das escolas para abrir as torneiras e beber água, e que quando isso acontece é possível sentir seu perfume e ouvir seu vestido deslizar pelo chão, além de ser possível avistar sua silhueta pelas janelas. Nenhum relato de atos de maldade cometida por ela foram comentados, apenas breves aparições pelos banheiros e corredores onde deixa no ar um leve perfume (o mesmo que usava em Paris).
Também há o relato de uma funcionária da Escola que a ouviu tocar piano.



No cemitério onde foi construída a capelinha para seu sepultamento, sendo mais exatamente um lindo mausoléu branco à esquerda do portão de entrada do cemitério dos Passos, também se ouvem relatos do avistamento de sua silhueta passando por entre os túmulos do cemitério, e ao mesmo tempo que um doce perfume predomina no ar, além do barulho do arrastar de tecido pelo chão.

 

Um grupo de espíritas kardecistas estudando o caso, afirmou que Maria Augusta não teve consciência da própria morte e vaga pela casa onde sempre viveu em busca dos parentes até os dias de hoje, onde é uma escola.

 

Por isso, cuidado quando estiver só em um banheiro de uma escola, principalmente às altas horas da noite, você poderá ter uma surpresa altamente desagradável!
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