Inquisição e seus Instrumentos de Tortura
Olá meus queridos, como tem passado? Bom, eu, Mal’akh Alberack, venho hoje falar para vocês sobre a Inquisição Católica Medieval e moderna, além de alguns dos instrumentos mais utilizados durante o seus períodos.
Todos já estudamos ou já ouvimos falar sobre a Santa Inquisição, mas pouco se é realmente revelado sobre o assunto, e que existiram duas “versões, por assim dizer, da Inquisição.
Uma rápida pesquisa no “Santo” Google, vocês podem ver que:
“hist.rel tribunal eclesiástico instituído pela Igreja católica no começo do século XIII com o fito de investigar e julgar sumariamente pretensos hereges e feiticeiros, acusados de crimes contra a fé católica;”
O que quer dizer? Bem… todas as pessoas que não eram cristãs católicas (que na época não eram muitas) seriam presas por culto à outros Deuses que não o Deus cristão, por serem curandeiros, parteiras, xamãs, bruxas e feiticeiros que utilizavam de seus conhecimentos mágicos e naturais para fazer a vida melhor foram presos e torturados por pessoas que consideravam isso uma abominação e acima de tudo: era contra seu Deus.
Atualmente, por mais que praticamente não se veja isso, o preconceito religioso diminuiu muito levando em consideração à anos atrás quando pastores evangélicos iam em centros espíritas ou barracões da Umbanda ou Candomblé apenas para destruir imagens de exus, pomba-giras e dos Orixás; quando aquele pastor destruiu a imagem católica de Nossa Senhora Aparecida, ou a apenas dois anos, (desculpem-me, mas isso ocorreu, não tem como não falar, quem não quiser ler besteira, por favor dirija-se ao próximo parágrafo) quando um grupo de radicalistas LGBT, durante a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, qual fui um dos organizadores, utilizaram de um crucifixo e o introduziram na cavidade anal.
Também chamada de Santo Ofício, essa instituição era formada pelos tribunais da Igreja Católica que perseguiam, julgavam e puniam pessoas acusadas de se desviar de suas normas de conduta. Ela teve duas versões: a medieval, nos séculos XIII e XIV, e a feroz Inquisição moderna, concentrada em Portugal e Espanha, que durou do século XV ao XIX. Tudo começou em 1231, quando o papa Gregório IX – preocupado com o crescimento de seitas religiosas – criou um órgão especial para investigar os suspeitos de heresia. Atuando na Itália, na França, na Alemanha e em Portugal, a Inquisição medieval tinha penas mais brandas – a mais comum era a excomunhão – embora a tortura já fosse autorizada pelo papa para arrancar confissões desde 1252. Já sua segunda encarnação surgiu com toda força na Espanha de 1478.
Dessa vez, o alvo principal eram os judeus e os cristãos-novos (como vimos no artigo da Dri Bzhar da Via Escarlate aqui), como eram chamados os recém-convertidos ao Catolicismo, acusados de continuarem praticando o Judaísmo secretamente. “A justificativa desse retorno da Inquisição era a necessidade de fiscalizar a fidelidade desses conversos”, diz o historiador Nachman Falbel, da Universidade de São Paulo (USP). A verdade é que esses grupos já formavam uma poderosa burguesia urbana que atrapalhava os interesses da nobreza e do alto clero. O apoio dos reis logo aumentou o poder do Santo Ofício, que, para piorar, passou a considerar como heresia qualquer ofensa “à fé e aos costumes”. Por exemplo, quem usasse toalhas limpas no começo do sábado ou não comesse carne de porco era acusado de Judaísmo. A lista de perseguidos também foi ampliada para incluir protestantes e iluministas, homossexuais e bígamos.
Depois que eram julgados, viam suas sentenças, que variavam muito, segundo o que você pode ler à seguir:
AS SENTENÇAS
A. O AUTO-DE-FÉ
Assim era chamada a cerimônia pública em que se liam as sentenças do tribunal. Os autos-de-fé geralmente ocorriam na praça central da cidade e eram grandes acontecimentos. Quase sempre o rei estava presente. As punições iam das mais brandas (como a excomunhão) às mais severas (como a prisão perpétua e a morte na fogueira)
B. QUEIMADOS VIVOS… OU MORTOS
A execução na fogueira ficava a cargo do poder secular. Se o condenado renunciasse às heresias ao pé do fogo, era devolvido aos inquisidores. Se sua conversão à fé católica fosse verdadeira, ele podia trocar a morte pela prisão perpétua. Quando descobria-se que um defunto havia sido herético, seu cadáver era desenterrado e queimado
C. MARCAS DA HUMILHAÇÃO
Para serem vistos pelo público, os prisioneiros subiam em um palco. Os que eram obrigados a vestir as chamadas marcas de infâmia, como a cruz de Santo André, chegavam a ser agredidos pela multidão. Outros levavam velas e vergastas nas mãos para serem chicoteados pelo padre durante a missa
TORTURA
O ser-humano é o mais radical, intolerante e perverso de toda a espécie existente no Universo e no Multiverso, pois somos a única espécie que tortura seu igual por prazer. E assim foi as Inquisições Católicas, eles utilizaram de diversos instrumentos para torturar os que eles julgavam de hereges. São alguns deles:
O ARRANCADOR DE SEIOS
Este é um instrumento usado em mulheres, geralmente acusadas de abortos ou de adultério. Seu uso era fácil, eles esquentavam o aparelho numa fogueira, prendiam no seio exposto da vítima, e depois arrancavam vagarosamente, dependendo do que o inquisidor queria causar. Logo depois se deixava a mulher sangrando para que pudesse morrer de hemorragia, ou que fosse levada a loucura pela dor.
A SERRA
A imagem já explica toda a diabrura desse instrumento, mas tem um adendo: o fato da vítima ser virada de cabeça pra baixo tem uma explicação científica. Com o sangue descendo todo para o cérebro, a vítima não desmaiava enquanto sofria de dores extremas, como é normal no corpo humano. Ao invés disso, ela só morria quando a serra chegava no abdômen, quando os serradores paravam, e esperavam que a pessoa terminasse sua agonia, o que poderia durar horas. Seu uso era muito incentivado pelo fato de serras serem baratas e facilmente encontradas em muitos cantos.
O BERÇO DE JUDAS
Esse instrumento era um pouco mais elaborado que o clássico empalamento popularizado por Vlad, o Drácula, mas parece muito pior, devido a lentidão com que a dor era infringida. A vítima era colocada com o ânus ou a vagina sobre a ponta do berço e era lentamente baixada através de cordas amarradas a ela. Parece simples, mas existe agravantes aí. Se ela demorasse a morrer – o que poderia levar dias – poderiam ser amarrados pesos nas suas pernas, para dar uma acelerada no processo. Mas se quisessem o efeito contrário, a vítima sofria sozinha. Fora que nunca lavavam o aparelho, o que produzia infecções dolorosas.
O RACK
A vítima era colocada nessa mesa, e cordas eram amarradas nos seus membros superiores e inferiores. Um algoz se punha a enrolar a corda vagarosamente, até que as articulações se deslocassem, o que causava dor extrema na vítima. Alguns algozes mais afoitos chegavam a arrancar braços e pernas, matando por hemorragia. Mais tarde foram incorporadas lanças para estocar a vítima enquanto ela ia sendo esticada…
A PERA
Esse aparelho era inserido no ânus ou na vagina (ou boca, se ele fosse um mentiroso) da vítima e através daquele engenho na ponta, ele se abria em duas partes ou mais partes, dilacerando o interior do inquirido. Raramente levava a morte, mas na verdade ela era, geralmente, apenas o início das dores do acusado
O ESMAGADOR DE CABEÇAS
Outro preferido e aperfeiçoado pelos espanhóis! A cabeça do inquirido era coloca numa barra de ferro, com o queixo apoiado na barra – algumas tinham recipientes especiais para os globos oculares – enquanto seu crânio era lentamente esmagado. O primeiro a quebrar era o maxilar, e algumas dezenas de minutos depois, a morte, após dores lancinantes. O cérebro às vezes escorria pelo nariz, ou pelas orelhas no processo, podendo o método ser usado como tortura, caso o algoz escolha ficar horas parado, apenas fazendo perguntas.
EMPALAMENTO
A vítima era colocada sobre uma estava grande e pontuda. O tempo entre o início da punição e a morte, levava em torno de três dias. Alguns carrascos tinham cuidado para que a estaca entrasse no ânus e só saísse acima do queixo da vítima, o que aumentava a dor da vítima.
DAMA DE FERRO
Provavelmente o mais famoso e conhecido método de tortura medieval. A vítima era colocada dentro dessa câmara de madeira cheia de pregos e superfícies pontudas, que continha uma abertura para que se pudesse interrogar a vítima, ou enfiar facas. Os pregos de dentro da Dama não atingiam os pontos vitais, com o intuito de atrasar a morte do torturado. Geralmente as regiões furadas eram os olhos, braços, pernas, barriga, peito e nádegas.
O MAIS DESUMANO INQUISIDOR
Fanático. Cruel. Intolerante. Nos registros históricos, não faltam adjetivos depreciativos para definir o frei dominicano Tomás de Torquemada (1420-1498), o mais duro inquisidor de todos os tempos. Organizador do Santo Ofício espanhol, ele era confessor e conselheiro dos reis Fernando e Isabel. Em 1483, essa influência rendeu-lhe a nomeação de inquisidor-geral, responsável pelos 14 tribunais na Espanha e suas colônias. Logo de cara, autorizou a tortura para obter confissões, ampliou a lista de heresias e pressionou os reis a substituir a tolerância religiosa pela perseguição aos judeus e aos conversos. Resultado: ao final de sua gestão, mais de 170 mil judeus foram expulsos da Espanha e 2 mil pessoas viraram cinza nas fogueiras
A Inquisição passou, mas ainda hoje é lembrada, tanto por seus mortíferos e cruéis métodos de tortura e julgamento quanto por se tratar de uma instituição religiosa que devia levar seus fiéis mais próximo do seu Deus.
Foi depois da Inquisição Espanhola e de Portugal que a Igreja Católica Apostólica Romana foi perdendo seu poder sobre o Mundo, se tornando mais uma religião e não a predominante.
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