Na real, nós achamos bem estranho e meio “morto” todo este povo que nos rodeia e que são diferentes de nós. Só que nas palavras deles aquilo que levamos como vida é “morte” – bem então somos mortos-vivos ou algo parecido, segundo eles também. Se estamos mortos culturalmente ou economicamente dada nossa suposta pouca quantidade numérica temos que nos virar como podemos para garantirmos nosso acesso e continuidade ao que apreciamos. O que desperta nossa sensibilidade, afeto e apreciação é bem seleto e pouco compreensível para muitos, ao menos no primeiro contato – mas é como experimentar vinho seco, com o tempo poderá se vir a apreciar! Os mais eruditos que o digam.
Desta maneira aquilo que oferecemos é um pouco mais seleto para se localizar pessoas que apreciem. Entretanto a considerar nossa bem sucedida trajetória e permanência no mercado é porque sabemos cristalizar nossos sonhos em realidade.
Na vida cotidiana dá mais trabalho para comprarmos e adquirirmos produtos, vestes e obras que curtimos (olha que temos até um BAZAR sazonal e nossa loja eletrônica para ajudar artistas criativos, expositores e consumidores do contexto). Muitas vezes nas lojas e sites as taxas de importações são abusivas e temos que criar ou achar alguém capaz de cristalizar nossos sonhos e desejos – inclusive esta é uma das razões da existência de nossa REDE VAMP!
Alguns se vestem desta forma só nos eventos, outros no cotidiano (mas com algum juízo razoável do que vestir para onde ir, muitas delas se vocês conhecessem no ambiente de trabalho jamais diria que são Vamps ou Simpatizantes…) – então somos um mercado relevante e consumidor, como qualquer outro, embora bem mais seleto.
Graças aos deuses não há homogenídade ou possibilidade de se criar cartilhas castradoras de nenhum gênero sobre tudo isso. O que nos afasta da atual geração do mi-mi-mi que infesta as redes sociais. No final das contas tudo isso aqui se trata de pessoas, daquilo que amam, se afetam e se importam. Daquilo que partilham entre velhos camaradas ou recém-chegados, coisas como sonhos, planos, expectativas e paradigmas. Se trata de arte e de mentes ou espíritos criativos – levemente daimônicos (como diria o psicólogo existencialista Rollo May; ou insurgentes segundo Hakim Bey). E isto jamais poderá ser rotulado ou homogenizado como o mundo moderno ou pós-moderno (que repudiamos) tenta impor a toque de caixa. Enfim, Camile Paglia nos representa quando diz “Ame A Arte! Odeie Dogmas!”
Será que te assustei ou falei demais?