Back to Blog

Assombrado: O Hotel Stanley

ghosty

Há alguns meses atrás eu recebi diversas mensagens sobre um novo caso de assombração envolvendo o Hotel Stanley. Para quem não sabe, o hotel situado no Estes Park, no Colorado, inspirou Stephen King a escrever um dos seus maiores best-sellers, O Iluminado, que se tornaria um clássico do terror não só da literatura, como também do cinema.

Este novo caso gira em torno de uma foto que um hóspede, Henry Yau, tirou da escadaria, onde por sugestão ou não, vemos algo parecido com uma pessoa parada no alto da escada. Henry alega que não havia ninguém na escada no momento em que a imagem foi capturada com o recurso de foto panorâmica do seu iPhone.  A foto (acima) viralizou rapidamente na internet, em diversos jornais, páginas e sites.

Agora vamos aos fatos sobre o Hotel Stanley que talvez a maioria dos leitores ainda não conheça.

O hotel e seus proprietários

fostanleyO hotel foi inaugurado por F.O. Stanley (retrato ao lado) em 1909, após ele ter passados algumas temporadas com sua esposa, Flora Stanley, nas terras do Estes Park que pertenciam ao Lord Dunraven (guardem este nome).  Por muito tempo este resort foi o destino preferido dos membros da classe média alta que eram convidados pelo próprio F.O. Stanley – até então conhecido inventor, famoso pelos seus carros a vapor – que se aventurava pela primeira vez no ramo da hotelaria. O projeto do hotel também ficou por conta de Stanley, de forma que cada quarto tivesse seu próprio banheiro, aquecimento individual, telefone e eletricidade.  Por sinal, o sistema elétrico que ele criou, não apenas acendia as luzes do hotel, mas também alimentava gratuitamente outras casas e negócios da região.

Relatos Assombrados

– Data de 1911 um relato de um acidente envolvendo a camareira Elizabeth Wilson que tinha como uma das principais e mais importantes funções, acender a iluminação a gás do quarto 217 quando a energia faltava. Era um quarto reservado para hóspedes muito importantes, como por exemplo, Teddy Roosevelt.  Naquele dia, alguém testou o condutor de gás e esqueceu-se de desligá-lo. Quando a camareira foi acender a luz, houve uma explosão que atingiu todos os outros três quartos acima do 217. Por sorte, ela foi jogada ao chão e não sofreu nenhum ferimento grave. O Sr. Stanley a visitou enquanto ela permaneceu no hospital e pagou por todas as despesas médicas, assim como os estudos dos três filhos que a camareira teve, além de promovê-la. Elizabeth Wilson, após este acidente, ainda trabalhou por muitos anos no hotel, até falecer em meados de 1950.

– A partir de então, houve relatos de fenômenos inexplicáveis, como malas sendo misteriosamente desfeitas, objetos movendo-se sozinhos, luzes acendendo e apagando, risadas e passos de crianças através do corredor do 4º andar. Mais de um hóspede relatou ter acordado durante a noite, para descobrir que seus cobertores tinham sido retirados e dobrados cuidadosamente ao pé de sua cama.

lord dunraven 03Lord Duranven (foto ao lado), parece ainda ocupar o quarto 407, onde costumava ficar hospedado e receber candidatas interessadas a vagas de babás que ele oferecia. Porém, ao chegar lá, era oferecido outro tipo de “serviço” para elas.

– O Sr. Stanley, que faleceu em 1940 sem deixar herdeiros, ainda pode ser visto em alguns gabinetes da área da administração, assim como já foi visto transitando pelos corredores e pela escadaria do hotel, vestido em seus impecáveis trajes da época, observando os funcionários cumprindo suas funções.

– A Sra. Flora Stanley  (Flo Stanley) tinha o costume de tocar piano na sala de música nas primeiras horas da manhã e alguns hóspedes relataram ter ouvido o piano ser tocado durante a noite. Ela também já foi vista em fotos tiradas da escadaria principal, assim como nas janelas da sala de música, numa eterna e incansável espera por seus convidados.

– Em 1973, mais de três décadas após o falecimento do Sr. Stanley, o escritor Stephen King acompanhado de sua esposa Tabitha, estacionou seu carro na entrada do hotel que tinha sido indicado a ele por um amigo para passarem um fim de semana relaxante. Era baixa temporada, o hotel estava quase fechando para a temporada de inverno e sendo assim, não havia nenhum outro hóspede. Calhou, porém, dele ficar com o quarto que em outra época era destinado aos hóspedes importantes – o 217. Acometidos por sensações esquisitas de que não estariam sozinhos e outras derivadas do medo de ficarem presos ali se a neve chegasse mais cedo, King acabou apenas passando uma noite no local que foi o suficiente para que o inspirasse a escrever O Iluminado.

Agora, após mais de um século de atividade, o Hotel Stanley, outrora conhecido pelos bailes e por momentos de descontração oferecidos pelos seus idealizadores, se tornou conhecido por especialistas e peritos do campo de investigação paranormal como um dos locais com mais atividade sobrenatural de todo o país.

Sendo assim, meu caro leitor, o caso de Henry Yau não é o primeiro – e certamente não foi o último – envolvendo esse hotel que parece agradar tanto os hóspedes e funcionários atuais, quanto àqueles que deveriam ter ficado apenas na história, mas que apesar de mortos, ainda zelam pela propriedade.

Facebook Comments

Share this post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Back to Blog