A CONDESSA SANGRENTA

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A CONDESSA SANGRENTA

Título: A Condessa Sangrenta

Autora: Alejandra Pizarnik

Ilustrações: Santiago Caruso

Páginas: 60

Editora: Tordesilhas

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Um magnífico trabalho de pesquisa, narrado de uma forma que mescla a poesia, a crônica e o ensaio, com ilustrações maravilhosas que traduzem fielmente o sadismo e a loucura de uma Condessa que deixou um rastro de sangue pela Hungria.

Báthory Erzsébet, como era conhecida, nasceu em 1560 e morreu em 1614 em seu próprio castelo medieval, três anos depois de ter sido condenada à prisão perpétua em seu quarto.

A Condessa Sangrenta ficou famosa não só por ter assassinado 650 mulheres, mas por todo seu sadismo, loucura, perversão e toda sua orgia regada a sangue de vítimas indefesas e escolhidas com um único critério; deveriam ser mulheres jovens.

No início era só para aplacar sua vontade, depois para diminuir suas enxaquecas cada vez mais fortes, e depois, era para não envelhecer. Um bálsamo de beleza indicado por uma bruxa ainda mais louca que ela.

Condessa Elizabeth também ficou conhecida por ser parceira do Conde Vlad nos livros de ficção. Para quem não se lembra, Vlad III, Príncipe da Valáquia, filho do Dracul (dragão). E por isso, chamado de Drácula, ou seja, o filho do Dragão.

Mas Drácula não era um simples príncipe, ele era um homem mal, perverso, sádico e que cometeu crimes sem igual. Ficou conhecido como “O Empalador” porque empalar pessoas era uma de suas torturas favoritas. Além de cozinhar pessoas vivas, além de esquartejar, afogar e etc. Ele viveu por volta de 1448.

Dá para entender o motivo de serem conhecidos como vampiros, não é mesmo??

Isso não está no livro, mas resolvi dividir com vocês essa curiosidade porque foi por isso que um dia quis saber mais sobre a vida de Bárthory.

A autora em nenhum momento quis deixar a Condessa como uma vítima de sua época ou de seu poder, só trouxe a história de sua vida breve. Do casamento a viuvez precoce. Seu marido que nunca acreditou nas maldades da esposa, que sempre achou que fosse invenção do povo que não tem o que fazer, morreu sem conhecê-la verdadeiramente. E depois de viúva, Erzsébet ficou quase que sem controle.

O livro ainda traz algumas de suas torturas mais conhecidas, como por exemplo a Virgem de Ferro, que está ilustrada logo na capa; a Gaiola Mortal, a Morte por Água, entre outras.

Uma curiosidade que descobri lendo o livro foi sobre a doença que acometia a condessa. Ela sofria de melancolia. Em sua época a melancolia era considerada uma possessão demoníaca. Hoje ela é conhecida como transtorno de ansiedade ou até mesmo a depressão, e sabemos que não tem nada de possessão.

Além de tudo isso, ainda temos um posfácio muito elucidativo escrito por João Silvestre Trevisan, que é um excelente escritor, jornalista, dramaturgo, cineasta… E manja muito de tudo!!!

Com essa mescla toda de coisas perfeitas não tinha como o livro não levar 5 estrelas e ser um favorito da vida.

Sou apaixonada por histórias medievais, assim como sou curiosa por histórias de Serial Killer. E por isso que a vida da Condessa sempre me chamou, assim como a do Príncipe Vlad III.

Existe um filme baseado nessa história, assisti há anos, mas recomendo para quem tem curiosidade e estômago. Porém acho que o filme não desvendou nada e nem explorou a vida dela ou das torturas e mortes que dizem que ela cometeu, ficou muito focado no figurino (maravilhoso) e maquiagem, mas não passou de uma breve especulação. E ainda tem uma parte que achei absurda e que quase me fez desligar a tv. Não sei por que cargas d’água colocaram o Caravaggio no filme. Sério. Ridículo.

Por isso recomendo este livro ao invés do filme.

A Condessa Sangrenta é considerado um clássico e é o livro mais conhecido da autora que faleceu em 1972.

Recomendadíssimo.

 

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