Viagem astral, duplo etérico e corpos sutis [de Marcos Torrigo]

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Viagem astral, duplo etérico e corpos sutis [de Marcos Torrigo]

Oferecemos a nossas leitoras e leitores este trecho extraído do capitulo 4 do livro “Vampiros:Origens, Lendas e Mistérios” do pesquisador Marcos Torrigo e lançado pela editora Idéia & Ação; no ano de 2012 esta obra completo 10 anos de sua primeira publicação, sendo a primeira obra a abordar com densidade e multiculturalmente o mito, o folclore e o arquétipo do vampiro de forma subjetiva e também objetiva.Parte dos festejos desta primeira década da obra ocorreram durante a palestra “Vampiros & Rituais de Sangue na América Pré-Colombiana” no Encontro de Bruxas e Magos de Paranapiacaba apresentada por Marcos Torrigo e Lord A:.

“A primeira morte se dá nos domínios de Demeter, a segunda tem lugar no além, nos domínios de Perséfone. A primeira é brutal e violenta, a segunda lenta e suave.” Plutarco

Para entender melhor o fenômeno do vampirismo e como se processam seus ataques, iremos abordar os corpos sutis e a anatomia oculta dos seres humanos. Não se trata em absoluto de uma novidade; a acupuntura e seus meridianos, o Yôga e o processo de evolução através dos chacras se valem da anatomia oculta há milênios.Grosso modo, seria o corpo energético ou psicossomático, através do qual podemos entrar em contato com outras realidades, entre outras coisas. Estes corpos ficaram muito mais conhecidos nos últimos anos, com a popularização da técnica chamada viagem astral, que, creio, o leitor conhece ao menos em tese. Na viagem astral ou projeção da consciência, o corpo físico fica em repouso e o corpo astral é lançado. Todas as pessoas têm essa capacidade, umas mais naturalmente que outras, mas isso pode ser melhorado através do emprego de determinadas técnicas. Como já dissemos, não há nada de novo na viagem astral, e toda noite nos projetamos, a maioria das pessoas inconscientemente.Continue Lendo>

As reuniões ou sabás das bruxas eram feitos dessa forma, daí a capacidade de “voar”; a viagem astral não se restringe aos praticantes da Arte dos Sábios (bruxaria); xamãs, magos e yogues se valeram da viagem astral consciente para o seu aprendizado. A glândula pineal tem um papel importante na fenomenologia oculta — muitos viajantes astrais acham que esta glândula é a porta, ou, se preferirem, o “lançador” do corpo astral. De médico e louco todos temos um pouco, o praticante de magia em especial. Os fenômenos paranormais muitas vezes causam uma ruptura com a pseudo-realidade, levando o iniciado a ser dado como louco.

O sahasrara chacra tem uma relação especial com a pineal; o objetivo da ascensão da kundalini, a iluminação, é conseguido ao se elevar a energia ígnea (kundalini) até esse chacra. As pessoas que passaram por esse processo narram tanto as maravilhas como os gigantescos terrores; a mente e a realidade se tornam irreais e uma nova realidade se descortina, lembrando que mesmo esses estados fantásticos não são o objetivo último. Os quatro elementos são chamados pelo espírito para uma dança de roda, e este está no centro — a dança de Shiva.

A fogueira acesa crepita vários metros, o som do ar e do fogo enche nossos ouvidos, e a natureza ganha vida, tudo é vivo, e estamos em tudo. Quântico, energia, mares de energia, nas mais variadas formas. Êxtase infinito, o corpo treme como nos estertores da morte, mas ela é nossa amiga, o derradeiro portal; juntas, de mãos dadas, as irmãs vida e morte caminhantes rumo ao eterno. O medo, o terror, uma criança que nasce, uma nova realidade milhões de vezes mais abrangente.

Seres espectrais, como demônios, elementais negros ou Asuras se aproximam. Mas o que eles podem contra nós? São nossos irmãos, no seio da mãe cósmica. Um vôo ao eterno, a sensação é de vertigem, não há palavras para descrever o inefável. Mandalas tridimensionais, infindáveis, girando, girando, somos recebidos por Ch’ien, o Dragão cósmico, o criativo. O ser atemporal, infinito, tudo sei, tudo posso, sou uma criança e um velho. Mas vem a saudade do ser encarnado, limitado no tempo e no espaço, e é o momento de voltar.

Como veremos de forma mais abrangente no capítulo V, o vampirismo está associado à magia e à bruxaria em todo o mundo. Um praticante de magia em vida, na morte pode se tornar um vampiro, ou mesmo estando vivo pode se valer da projeção astral (duplo etérico) para drenar energia dos vivos.

Antes de prosseguirmos neste ponto, faz-se mister trazer à baila um outro conceito, a energia prânica. Prana é a energia do Sol; ela é encontrada em todos os seres. É fundamental para a manutenção da vida. Para absorver a energia prânica usamos o duplo etérico, que é um elo de ligação entre o físico denso e o corpo astral (nota: todos esses corpos são físicos, na verdade não há diferença entre físico e espiritual, são níveis diferentes da mesma coisa; para melhor compreender isso, usemos a teoria da relatividade, onde a matéria equivale à energia).

A função do duplo etérico é captar a energia prânica durante o sono. Duplo etérico é prana maya kosha, ou o veículo do prana. Em projeções longas, o corpo físico fica em catalepsia, como um cadáver, a respiração e os batimentos cardíacos caem a níveis mínimos. Tanto é que alguns projetados já foram dados como mortos. Os iogues conseguem levar essa prática às ultimas conseqüências; são enterrados vivos por semanas, enquanto seu corpo astral vaga e ajuda a manter o físico. Não esquecendo, é claro, os pranayamas e a meditação profunda.

Um faquir, na Índia, foi enterrado por um mês (!) sob a supervisão de Sir Claude Wade. O faquir foi lacrado em uma caixa, e a chave dada a Sir Claude. Ficou enterrado dentro de um túmulo de alvenaria e coberto de terra. Guardas ficaram a postos pelos trinta dias. Transcorrido o prazo, ele foi desenterrado. Aparentemente estava morto, mas foi desperto pelos seus companheiros. O duplo é o responsável pelo ectoplasma e grande parte da fenomenologia espírita, ou seja, ele propicia materializações, ruídos e toda a sorte de manifestações.

Os médiuns, após as sessões de materialização, ficam extenuados; ao que tudo indica, muito da sua energia é gasta na materialização, mais um motivo para que os magos negros se valham do vampirismo para abastecer-se de energia.

Outro fato relevante é que os médiuns apresentam alguns sintomas das vítimas de vampirismo, mas de forma alguma esse fenômeno se restringe ao dito espiritismo. Qualquer mago que tenha conseguido uma materialização saberá o desgaste advindo, talvez menor que no caso dos médiuns, mas da mesma forma presente.

Z. T. Pierart, um espiritualista francês e editor da revista La Spiritualiste, foi um opositor do espiritismo e das idéias de Kardec. Achava que o vampiro era o corpo astral de uma pessoa enterrada viva, que usava o vampirismo sobre seu corpo enterrado para se manter vivo por mais tempo. Magos experientes podem adensá-lo (materializando-o), e isto pode ocasionar um fenômeno chamado repercussão, sobre o qual muito se falou. Uma bruxa está materializada (duplo etérico). Se por acidente ela se fere, esse ferimento pode ser transmitido ao corpo físico.

Os relatos desse tipo são inúmeros, e a literatura do ocultismo está cheia deles, sem falar que o duplo podia tomar formas variadas, daí a licantropia e a capacidade do vampiro de se metamorfosear em vários seres.

10 Anos do livro "Vampiros:Origens, Lendas e Mistérios" de Marcos Torrigo

Para os ciganos alemães o Vampiro deixava seu esqueleto na tumba; daí vem a crença de que os Vampiros não têm ossos. Possivelmente o duplo materializado tinha uma constituição sólida, mas de uma solidez diferente da matéria vulgar. Toda noite o duplo absorve a energia prânica do ambiente. Esse fato é deveras contundente, basta para tanto imaginar que todos os seres ao dormir estão se nutrindo dessa energia. Quando, por algum motivo, esse prana é absorvido de outro ser, temos o vampirismo.Lembrando que o prana no corpo humano se concentra em especial no sangue! No capítulo II, falamos de uma crença na Romênia de que Vrykolakas são almas de pessoas que saem à noite para alimentar-se da energia do Sol e da Lua. Elas lembram, fisionomicamente, os suspeitos de Vampirismo. Esse relato é uma prova bastante forte a respeito do porquê do fenômeno do vampirismo.

O capitulo 4 ainda irá explorar muitos outros temas doravantes a Viagem Astral, Duplo Etéreo e Corpos Sutís…Não deixe de adquirir o seu exemplar deste livro nas melhores livrarias do Brasil!Vale a pena ter um na sua estante!#Dica do Lord A:.

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