Tarja Turunen, entrevista exclusiva!

[dropcap ]A[/dropcap]lguns fãs de boa música conquistam a oportunidade de trabalharem na área. Particularmente fui abençoado por algumas de minhas escolhas profissionais que me permitiram adentrar backstages de shows e trocar algumas idéias com grandes profissionais e muitos ídolos pessoais. De vez em quando aqui no Blog de Música do Rede Vamp tenho a oportunidade de compartilhar com vocês os registros de alguns destes bate-papos casuais. Minha convidada de hoje é a Tarja Turunen que entre backstages e coletivas venho encontrando acidentalmente desde o começo da década passada. Seu carisma bem como sua carreira são realmente incríveis… nutro um admiração especial por uma característica de Tarja que é o fato de ela priorizar ser uma cantora com formação clássica e pautar sua carreira e sua música no cerne dos próprios sentimentos com grande técnica (seu foco é produzir grandes canções)- abrindo mão de qualquer niilismo ou desesperança – e assim produzir canções de alguém dotada com aquela centelha feral que vivencia com beleza e esplendor os caminhos labirinticos da vida…

Lord A:. Tarja, quais suas expectativas para os shows da nova tour aqui no Brasil?

Tarja: Estou muito feliz em voltar ao Brasil de novo! Sentí falta dos meus fãs faí! Como sempre eu espero viver grandes momentos nestes shows e me divertir muito com o público! Vou agitar por aí como nunca fiz antes!

Lord A:. Veremos convidados especiais neste show?

Tarja: Desta vez não foi possível por conta do tempo organizarmos participações especiais…

Lord A:. Como é cantar e produzir junto a uma orquestra?O Heavy Metal e o seu maximalismo ajudam ou atrapalham neste processo?

Tarja: Eu amo cantar frente a uma orquestra sinfônica. Estudei por muitos anos o canto clásico então me sinto bastante preparada para trabalhar com diferentes orquestras nos dias de hoje – é um bélissimo acompanhamento musical. Isto nada tem a ver com minha relação com o Heavy Metal, claro que que meu repertório como cantora é bem mais vasto do que é geralmente conhecido na música clássica, por conta do meu conhecimento e trabalho com o heavy metal.

Lord A:. Como você descobriu os escritos do autor brasileiro Paulo Coelho? Conte um pouco mais sobre como nasceu a canção “Outlanders”…

Tarja: Algumas pessoas me indicaram a leitura do livro “O Alquimista” do Paulo Coelho. Eu queria escrever uma canção relaxante e foi assim que ela surgiu. Trabalhei solitariamente nela em casa e gravei uma primeira “demo”. Depois de um tempo a deixei nas mãos de meu amigo Torsten para ela ser produzida. Pensava que era uma grande idéia ter um texto de Paulo Coelho, então o contactei e ele me concedeu suas bençãos.Depois de sua conclusão, decidimos criar um projeto conjunto chamado “Outlanders”. Esta canção foi um bom começo para isso.Futuramente você irá ouvir mais sobre Outlanders…

Lord A:. Quais as suas dicas fundamentais para jovens cantores e vocalistas?

Tarja: Assistam aulas de canto, mantenham o pé no chão, sejam autênticos e humildes.Trabalhem constantemente seus vocais!

Lord A:. haverão mais shows do projeto “Beauty and the Beat” project? Como foi trabalhar com o lendário Mike Terrana?

Tarja: Planejamos mais concertos para 2015. Mike trabalha comigo desde 2007 – desde minha primeira rock tour até hoje. Então conhecemos um ao outro muito bem. Aprendemos muito sobre música juntos e estarmos juntos neste projeto me deixa muito feliz.

Lord A:. Como somos um site sobre arte e cultura Vamp invariavelmente sempre perguntamos aos nossos entrevistados se apreciam o tema e a produção cultural do gênero…e se tem alguma obra favorita neste contexto?

Tarja: Bem, para falar a verdade não gosto de filmes ou séries vampirescas…

Lord A:. compreendo perfeitamente… existe alguma música que você criou que de alguma forma explore a temática do vampiro?

Tarja: Tem sim é uma canção do meu primeiro álbum chamada “Damned and Divine” que teve uma certa inspiração vampiresca…

E assim foi este bate-papo com a vocalista Tarja Turunen. Lá na distante Finlândia a Tarja é uma das juízes e colaboradora de programas musicais televisivos para a descoberta de novos talentos em diversas vertentes. Como disse, sua principal preocupação é fazer boa música e não se enquadrar em gêneros ou rótulos de qualquer tipo. Predomina em sua obra musical um teor maximalista de acordes elaborados.Suas músicas na carreira solo são um belo espelho para muitas jornadas e é isto que no final das contas importa. Boa música e a qualidade dos sentimentos e jornadas que nos conduzem através do cotidiano.SAIBA TUDO SOBRE O SHOW DO SÁBADO 13.09 EM SÃO PAULO…