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I – Um Luar sobre Halo Amantkir

Lord A:. – A Lua cheia  derramava seu conteúdo etéreo, lácteo e platinado de inspirações que alimentam seres etéreos e fantásticos e todo um amplo reino noturno sem-nome.Seus habitantes a tudo observam detrás dos árbustos no mato e você apenas os percebe pelo canto de olho e incomuns sensações através da péle.Eles falam contigo por suas lembranças, livre-associações e  concatenações que vêm á mente quando você está em seus domínios.Alguns reclamam que  os resultados de tais impressões para sí, reconhecendo tais vivências como coisas estranhas que passam por suas cabeças… Strigois questionam e não reconhecem inicialmente tais “peculiaridades” como “algo seu” o que vivênciam em instantes assim… Depois de tais encontros tão somente o doce vinho (sangue-da-terra) e a carne vermelha e quente de um “Blöt” que re-avivam e re-afirmam nosso ser, nos permitindo distinguir o quinhão daquilo que nos pertence e daquilo que nos foi díto…sussuros, suspiros e impressões…

Compartilhamos com nossas leitoras e leitores as impressões e vivências de Vincent, um Strigoi que após trilhar a jornada através das 13 luas, vêm a se juntar ao Círculo Interno de nossa dionísiaca sociedade vampyrica, como nosso escudeiro. Mantêmos assim nosso compromisso de compartilhar e demonstrar com fídelignidade, um pouco mais daquilo que vivemos e caminhamos através da nossa via noturna.O rito de lua cheia deste relato foi celebrado no Solo Sagrado Strigoi em Halo Amantkir.Boa leitura…

“Have you ever danced with the devil in the moonlight?”


Tarefa difícil tentar transmutar em palavras aquilo que foi sentido, vivido. Entretanto, vou tentar passar um pouco para vocês,  leitores, o que foi minha primeira experiência pessoal no Solo Sagrado Strigoi.Era uma viagem há muito tempo esperada, há muito tempo planejada, e… sempre frustrada! Outras circunstâncias me impediram em outras vezes, de trilhar estes novos caminhos com meus amigos. Então, podem imaginar minha expectativa quando as coisas finalmente se acertaram.

Era quinta-feira, véspera da Sexta-Feira Santa. Desembarcamos em Halo Amantkir à noite, hora em que não conseguíamos visualizar bem o local, perceber o ambiente. Subimos por uma estrada tortuosa, pela encosta de uma montanha e enfim chegamos ao nosso refúgio. Tempo apenas de nos instalarmos e seguimos para um bosque…Imagine estar dentro de um bosque (ou floresta), cercado por árvores, e tendo por iluminação apenas a luz de uma belíssima lua cheia. Sim, nós não levamos lanternas ou tochas. Éramos nós e a natureza.

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Caminhar nestas circunstâncias é uma experiência no mínimo interessante, pode-se tirar muitas lições daí: confiar que a mão amiga mais próxima estará lá para te auxiliar caso tropece ou alguma barreira o impeça, aprender o seu ritmo, o ritmo do mundo e do ambiente que te cerca, ou seja, passo a passo, pois é impossível correr num terreno desconhecido, na penumbra.

Mas o mais importante foi o sentir! A noite estava agradável, talvez um pouco úmida. Ali parados, colocamos em uso todos nossos sentidos e principal-mente nossas mentes. Introspecção, auto-conhecimento, o nome não importa, estávamos em comunhão com o ambiente, com os verdadeiros templos (ou catedrais, termo que utilizo com frequência) do paganismo: a natureza… os sons noturnos… e o manto aveludado de Nyx.  Lembrei de uma de nossas cantigas (Doinás), que já não cantávamos há algum tempo no Círculo Strigoi. Retornamos para o nossso retiro mais leves e dormimos abençoados pela Deusa Lua.

Na Sexta, percorremos a cidade a pé. Ah… aí pudemos ver sua beleza. Sua arquitetura, seu relevo… as montanhas… quem disse que só os londrinos sabem apreciar a neblina? Ela aparece rápido em Halo Amantkir mas  não atrapalha, apenas deixa a paisagem mais… misteriosa! Tudo temperado pelas cores outonais da vegetação.

Boa comida, apreciamos o lado noturno da cidade: simplesmente fantástico! De volta ao lar, realizamos nossos últimos ritos e um  merecido descanso. Nestes dias preparamos nossa própria comida, tudo muito simples, mas que nos satisfazia como os melhores manjares, tudo regado a uma taça de vinho (Dionísio sempre presente – Pater Liber, Liberator) e boa conversa.

Comunhão com a natureza, comunhão entre amigos.  Sábado teve suas emoções especiais: um passeio a cavalo. Minha primeira experiência! O contato com esses belos animais nos  lembrando de nosso lado feral, nos chamando à VIDA, assim mesmo, em maiúsculas, que deve ser vivida.

Diversas idas ao Solo Sagrado, ritos, oráculos, fogo ritual… não vou descrever toda esta parte. Primeiro tomaria um espaço enorme, e segundo, isto é algo muito particular nosso. Posso apenas dizer que finalizamos nossa visita no Domingo de Páscoa.Diferente? Acho que sim. O que mudou? Isso eu ainda não posso responder. Acredito que meu amigos também estejam se sentindo assim: algo aconteceu, mas infelizmente não estava dentro do alcance da lente de minha câmera. Esse “algo” não se mostrou, ele apenas foi sentido, vivenciado… é por isso que tenho dificuldade em explicar o Círculo Strigoi, essas coisas precisam ser experimentadas, pois só assim tem verdadeiro valor!

Lamento se este relato está vago, mas isso também faz parte: o desconhecido, o indefinido, “a minha frente, o mistério…” e quem quiser que vá até lá descobrir!  Ah… a companhia da lua em todas as noites… não foi à toa que me lembrei da frase do Coringa, no “Batman” de Tim Burton. Então respondo:


“No, I did it with Vampyres, in a holy land with sacred trees and the beat of an ancient drum… under the light of a full moon…”



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