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Dicas de jogo – #3

Muitos narradores ficam sem ideia de como narrar para vampiros de cada idade e como funcionam as etapas da evolução no cenário. É claro que as dicas que eu escrevo aqui não são leis e sim ideias ou diretrizes para um narrador novo ou alguém que quer uma ideias apenas.

 

Se você tem uma mesa com jogadores que não sabem nada sobre o cenário seria legal que eles criassem uma ficha de mortal/humano assim eles podem conhecer o cenário à medida que jogam e o aprendizado se torna bem legal e imersivo e partindo deste raciocínio falarei um pouco sobre as fases da evolução de um vampiro.

 

Bom, vamos começar com um vampiro recém criado. Sim, o sujeito acabou de abrir os olhos após passar pelo rito do abraço, provavelmente ele ainda sente o gosto metálico da vitae de seu senhor na boca, um vampiro neste nível é chamado de “criança da noite” ou só “criança”. Claro, essa nomenclatura é mais comum na Camarilla, mas vamos prosseguir.

 

Narrar com detalhes uma caçada pode render uma boa sessão. Crianças da noite ou neófitos ainda podem ter muita dificuldade para se alimentar, seja por falta de habilidade ou por ainda estarem construindo um rebanho

Criança da noite – Neste nível o vampiro é muito jovem e tem provavelmente alguns dias de vida ou mesmo horas. Ele não possui noção que é um vampiro ainda e nem sabe usar suas habilidades e é então que o sire ou senhor (o criador) entra. Ele provavelmente estará lá esperando sua criança acordar e lhe dirá a verdade – Ah, agora você é um vampiro – coisas assim.

As próximas noites serão de aprendizado, o senhor irá ensinar o básico sobre a seita a qual fazem parte, o que é um clã, qual o clã faz parte, como usar seus poderes, como usar o sangue para melhorar a sua força, sua agilidade e sua resistência, suas disciplinas e a existência da “Besta”.

 

Esse período de aprendizado é cercado de estranhamento e complicações. A humanidade pode afetar a reação da cria aos ensinamentos e regras da seita e nesse momento podem ser explorados conflitos entre a mentalidade do senhor e da cria. O choque com um novo mundo e o isolamento da humanidade podem transformar totalmente a mente da personagem (e do jogador) e essa transformação pode ser outro bom gancho para uma história. A cria pode ter pessoa de quem queria se vingar ou era alguém muito reprimido e agora estava livre das amarras de antes.

 

Os salões da Camarilla (sejam Elísios ou não) podem ser um ambiente hostil e divertido, pode servir também como termômetro para os jogadores saberem qual o estilo de jogo que eles preferem

A vida social no mundo das trevas é diferente da do mundo mortal. Na Camarilla o senhor apresentará o vampiro ao príncipe o mais breve possível e o impacto da apresentação pode gerar elementos interessantes da narrativa. Outros vampiros do mesmo clã podem não aceitar bem a criança ou ela pode fazer algo que atraia olhares ruins pra cima dela. Esse período de “estágio” no mundo dos membros varia de acordo com o clã, com o senhor/mentor, com a própria criança da noite e outros fatores mais particulares de cada narrativa. Pode levar dias, semanas, meses ou anos, mas o que importa é que ao final, quando o senhor/mentor disser ao Príncipe que a criança agora está pronta para ser responsável pelos seus atos ela o será, podemos comparar isso com uma emancipação. Agora você é um vampiro “adulto” e se fizer algo errado pagará por isso. Você agora é um neófito, alguém que sabe o básico e pode começar a dar seus primeiros passos no mundo, mas isso fica pra um próximo artigo…
Boa noite, neófito.

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