Prince Lestat and the Realms of Atlantis: confira alguns trechos

Back to Blog

Prince Lestat and the Realms of Atlantis: confira alguns trechos

Olá, leitores!

Peço perdão pela ausência, porém foi um hiatus necessário. Voltando a ativa, resolvi compartilhar algo com vocês: alguns trechos do proêmio do novo volume das Crônicas Vampirescas de Anne Rice, Prince Lestat and the Realms of Atlantis, que deve chegar às prateleiras das livrarias dos Estados Unidos em 29 de Novembro deste ano e por aqui, bom, só quando for traduzida, o que pode levar alguns meses ou não. Porém, como eu sou muito legal, resolvi me aventurar a traduzir para vocês alguns trechos que foram liberados para um determinado site (que foi o primeiro a divulgar o novo livro) por qual eu passei em minhas andanças pela internet. Espero que gostem. 😉


Proêmio

Em meus sonhos, eu vi uma cidade cair no mar. Eu ouvi os gritos de milhares. Era um coro tão poderoso quanto o vento e as ondas, todas aquelas vozes dos que morriam. Vi chamas que ofuscaram as luzes do céu. E todo o mundo estremeceu. Eu acordei, no escuro, incapaz de sair do caixão dentro do jazigo onde eu dormia, por medo de que o sol poente pudesse queimar os mais jovens. (…) 

Eu vi novamente aquela cidade morrendo e poderia jurar que ouvi os gritos de sua voz enquanto a cidade era destruída.

– Amel, o que isto significa? O que é esta cidade?

Ficaríamos deitados juntos na escuridão por mais uma hora. Só então seria seguro para eu jogar a tampa do caixão e sair da cripta para ver um céu através das janelas cheio de segurança e pequenas estrelas. Nunca me senti muito confortável com as estrelas, ainda que eu tenha nos chamado de crianças da lua e das estrelas.

Nós somos vampiros do mundo e eu nos chamei de diversos nomes. (…)

image01

Cheiro de cetim e madeira velha. Eu gosto de coisas envelhecidas e veneráveis, caixões acolchoados para o sono dos mortos e do ar quente preso a minha volta. Por que um vampiro não deveria amar estas coisas? Este é o meu jazigo de mármore, este é o meu lugar, estas são as minhas velas. Esta é a cripta sob o meu castelo, meu lar.

Eu pensei que o ouvi suspirar.

– Então você viu, sonhou com isto também.

– Eu não sonho quando você sonha! – ele respondeu. – Eu não fico confinado aqui enquanto você está dormindo. Eu vou aonde eu quiser.

Mas ele tinha visto aquilo, e agora eu via a cidade cintilando novamente em meio a sua própria destruição. De repente, ficou muito mais terrível do que eu poderia suportar. É como se eu estivesse vendo uma miríade de almas dos mortos que libertas de seus corpos ascendiam em uma nuvem de vapor.

Ele estava vendo. Eu sabia que ele estava. E ele tinha visto enquanto eu sonhava.

(…) E quando eu olho para trás, para aqueles sonhos, eu me pergunto o quanto tempo poderíamos ter continuado sem nunca saber nada disso. Teria sido melhor nunca termos descoberto o significado do que vimos? 

(…) Os seres estão condenados a lerem padrões nas estrelas, para dar-lhes nomes, apreciar seus lentos deslocamentos de posição e suas aglomerações. Mas as estrelas nunca dizem uma palavra.

Ele estava dizendo a verdade quando disse que não sabia. Mas o sonho havia deixado uma fibra de medo em seu coração. E quanto mais eu sonhava com aquela cidade caindo no mar, mais eu tinha certeza de ter ouvido o seu pranto.

Nos sonhos e nas horas acordados, eu e ele estávamos ligados como mais nenhum outro. Eu o amava e ele me amava. E assim como ainda sei, então eu já sabia que o amor é a única defesa que há na falta de sentido que nos rodeia – o Jardim Selvagem com suas canções e gritos, e o mar, o mar eterno, como sempre preparado para engolir todas as torres já criadas por seres humanos com a finalidade de alcançarem o Céu. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. – disse o Apóstolo. – E o maior destes é o amor…

Eu acredito nisso e acredito no velho mandamento do poeta-santo que escreveu centenas de anos após o Apóstolo: – Ama e faz o que quiseres.


Gostou? Deixe um comentário abaixo. Caso vá reproduzir a tradução em seu blog/site/portal, favor dar os devidos créditos.

Até a próxima mordida 😀

Facebook Comments

Share this post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Back to Blog